Mitos sobre carros elétricos
Os veículos elétricos chegaram de vez no Brasil e já estão fazendo sucesso. Mas junto com o crescimento no mercado diversos mitos ainda existem e dificulta a competição com os veículos a combustão.

Crescimento dos veículos elétricos no Brasil
Os veículos elétricos já deixaram de serem raridades no Brasil e o número de fabricantes dos modelos híbridos tem aumentado.
O Nissan Leaf, por exemplo, que é o modelo elétrico campeão de vendas no mundo já chegou ao Brasil e está custando R$ 195.000.
Por outro lado, diversos mitos sobre os carros elétricos ainda circulam no imaginário dos brasileiros e dificultam o crescimento deste segmento.
Os motores elétricos são todos iguais
Embora os motores dos veículos elétricos tenham vários aspectos comuns a diversidade de tipos é enorme, assim como acontece com os motores a combustão.
O sistema de controle do motor síncrono do Nissan Leaf é composto por um inversor de frequência e um módulo de potência.
Já o Chevrolet Bolt trabalha com um conjunto compacto de motor já com o redutor e câmbio conhecido por Powertrain.
Pouca durabilidade dos veículos elétricos
Devido à pouca durabilidade das baterias de smartphones surgiu o receio análogo de que a vida útil dos veículos elétricos fosse menor do que os veículos a combustão.
Em realidade, atualmente as baterias de íon de lítio dos modelos elétricos tem durabilidade superior a 10 anos.
É claro que vai depender muito do modo de usar e conservar o veículo, mas as tecnologias estão tão avançadas que fabricantes como a Nissan dão garantia de 8 anos para a bateria.
Baterias que viciam
Já em relação ao problema de viciar as baterias o fenômeno ocorre tanto em smartphones como em veículos. A diferença é que nos veículos o processo é a longo prazo.
Com efeito, por mais que a durabilidade das baterias de carros elétricos seja longa as condições de uso vão impactar no tempo de vida útil.
Se você evitar deixar o carro carregando depois de completado a carga da bateria, a perda da capacidade vai ser menor do que deixar sobrecarregar.
O ideal é priorizar pelo uso da recarga convencional, em vez de escolher o método da recarga rápida que acaba elevando a temperatura da bateria.
Aliás, para evitar o aquecimento é importante quando estiver dirigindo controlar no painel o termostato da bateria para não deixar chegar na zona vermelha.
Veículos elétricos tem risco de produzir choques
Como a bateria e os demais componentes elétricos estão inteiramente isolados não existe risco de receber um choque quando estiver dirigindo, ainda que o veículo passe por uma enchente.
Deste modo, na hora de lavar o carro não é preciso tomar nenhum cuidado extra que não existe perigo de você receber uma descarga elétrica.
O Nissan Leaf mesmo em caso de acidentes tem um sistema de desligamento automático da corrente de alta-tensão, além de que as baterias estão bem protegidas pela carroceria.
Conduzindo sem emoção e velocidade
Não espere ouvir o característico ronco de motor ao dar partida e nem quando estiver acelerando em um veículo elétrico.
Ao contrário dos veículos a combustão, o motor elétrico é silencioso, mas nem por isso tira a emoção de dirigir e perde potência.
Trata-se de uma nova experiência de condução e com uma sensação de aceleração imediata devido ao torque instantâneo.
É preciso ter em mente que a admiração pelo ronco do motor está muito associada a uma ideia de potência, que no caso dos veículos elétricos está superada e contribuirá também pelo fim da poluição sonora nas pistas.
Se restar alguma dúvida saiba que o motor de 149 cv de potência e torque máximo de 32,6 kgfm do Nissan Leaf faz de 0 a 100 km/h em apenas 8 segundos.
É mais econômica investir em veículo a combustão
Aqui está uma questão muito complexa. Se considerarmos o valor de venda de um veículo os elétricos, de fato, são mais caros.
Mas a tendência com o tempo é que a diferença entre a tabela de venda dos veículos a combustão e elétricos diminua.
Seja como for, a médio e longo prazo os modelos elétricos são mais acessíveis por diversos fatores, entre os quais estão a economia com revisão e manutenção e o baixo custo com o carregamento das baterias comparado com o abastecimento de combustível.