Exoesqueleto ajuda homem paralítico voltar a andar
Parece inacreditável, mas um paciente tetraplégico conseguiu voltar a andar com a descoberta de um novo exoesqueleto robótico. Os resultados foram publicados na Revista The Lancet Neurology.

Nova descoberta tecnológica
O que parecia impossível há alguns anos atrás já está se tornando uma realidade: um homem tetraplégico conseguiu voltar a andar e movimentar os braços graças a um protótipo de um exoesqueleto.
O paciente de 28 anos paralítico dos ombros para baixo utilizou um sistema robótico controlado por sinais vindos do seu próprio cérebro.
Superando barreiras
Ainda falta muito para permitir que pessoas com paralisia alcancem mobilidade, mas já é um enorme avanço para atingir esse objetivo.
Com efeito, através dos sensores cerebrais o paciente que está tetraplégico conseguiu movimentar as mãos e braços do exoesqueleto.
O teste foi realizado com um suporte do exoesqueleto por arnês para não permitir que o paciente caísse, ou seja, não se trata ainda de um andar independente.
Métodos mais modernizados e seguros
Os últimos resultados em lesões na medula espinhal tem sido com implementos de eletrodos diretamente no cérebro, o que traz o risco de infecções.
Atualmente, os pesquisadores estão focando em recuperar o controle sobre os membros do corpo inserindo eletrodos na parte externa do cérebro para fazer a leitura de pensamento de seus pacientes.
O controle da mente
Inicialmente o paciente, com o nome de Thibault, teve que fazer testes para mapear as regiões ativas de seu cérebro ao pensar em se movimentar.
Com a ajuda de eletrodos instalados no cérebro o homem praticou uma simulação de movimentos através de um computador.
Então foi possível permitir que Thibault andasse sustentado pelo exoesqueleto, realidade esta que o mesmo não fazia há dois anos. “Eu tinha esquecido que costumava ser mais alto do que muitas pessoas na sala”.
Pesquisas avançadas
A próxima etapa visa permitir que o paciente consiga se equilibrar com o exoesqueleto, algo que vai exigir mais velocidade de computação.
Como serão necessárias muitas regulagens para manter uma pessoa em pé a ideia é de que o robô forneça algum sistema de estabilização.
Evolução de Thibault
Thibault não teve seu sobrenome revelado. O que se sabe é que o francês quebrou o pescoço após despencar de uma varanda de uma boate e desde então ficou tetraplégico.
Por ora, o paciente já consegue utilizar os braços do exoesqueleto para realizar movimentos complexos, entre os quais estão o pegar objetos, o uso das mãos simultaneamente e o movimento do pulso.
Reconhecimento científico
O teste de Thibault ocorreu na França, com cientistas da Universidade de Grenoble, e foram precisos dois anos de intensas pesquisas para se chegar ao então esperado resultado.
Todo processo do exoesqueleto robótico que permite andar foi relatado na Revista acadêmica The Lancet Neurology.
Um vídeo de Thibault andando com o exoesqueleto também foi divulgado e pode ser visto pelo endereço www.youtube.com/watch?v=1GyJBBB8O_M
Complexidade em lidar com os fracassos
Embora seja um trabalho muito motivacional todo processo exige muita paciência e cautela dos pesquisadores.
O paciente anterior a Thibault acabou ficando decepcionado depois de utilizar os implantes por alguns segundos e ter ficado parado devido a problemas técnicos na estrutura.
Já com os bons resultados alcançados com Thibault mais três pacientes já estão na lista dos próximos testes.
A cura mais próxima
Fora do exoesqueleto Thibault consegue se movimentar utilizando uma cadeira de rodas elétricas guiada por um joystick, pois sua mão esquerda ainda preservou algo da capacidade de movimento.
Os pesquisadores acreditam que a tecnologia descoberta possa permitir agora pacientes tetraplégicos comandarem cadeiras de rodas com sensores cerebrais.
Seja como for, os atuais progressos já animaram muito a comunidade científica e para os pacientes de lesão na medula surge uma nova esperança de vencer a paralisia.